sábado, 23 de agosto de 2014

Polônia parte 2: Cracóvia inesquecível

Bom... antes de começar a falar sobre a Cracóvia, quero que vocês reflitam sobre as principais diferenças entre as cidades do Rio de Janeiro (Rio) e São Paulo. São Paulo é o polo econômico do nosso país, quer ganhar bem e ter maiores chances de arrumar um emprego, vá para lá. A cidade poderia ser relacionada à Londres por essa característica, e pelo fato de ser a terra garoa, cidade cinza (só os parques salvam) porém, extremamente rica em cultura. O Rio é a cidade boêmia, onde as pessoas levam a vida de maneira mais leve. Lá não se ganha tão bem, porém sempre vemos um sorriso no rosto do povo (o clima de praia provavelmente é o culpado). A cidade do Rio de Janeiro já foi residência da família real Portuguesa, à época do Império e capital do Brasil, no início da República, e portanto, possui diversas construções históricas , que apesar de não estarem bem preservadas, são belíssimas.

Com isso em mente, nos transferimos para a Polônia, onde eu compararia a Varsóvia com São Paulo  e o Rio com a Cracóvia.

 Como uma boa carioca que sou, vocês já devem imaginar o final dessa história não é? Me apaixonei por Cracóvia, de fato a cidade lembra o Rio no sentido de possuir um clima extremante leve, beirando a fanfarrice carioca. A cidade, assim como o Rio, já foi capital da Polônia, e pasmem foi capital do "Império nazista"; porém, ao contrário do Rio de Janeiro, possui a sua história extremamente viva nas suas construções, que datam da Idade Média.  Pelo fato de ter sido escolhida pelos alemães (estrategicamente) como capital do "Império" durante a Segunda Guerra, a cidade, diferente de Varsóvia, não sofreu nenhum tipo de destruição. O mais interessante é que como Cracóvia era habitada pelos altos generais  do exército  alemão e suas famílias, lá era proibido que o clima se tornasse "pesado", como ocorria no resto do país, e pouco se sabia sobre o que se passava com os judeus, bem como sobre a existência dos campos de concentração. Vale lembrar que próximo da cidade existe um dos maiores campos de concentração de extermínio de judeus já construído Auschwitz, que foi palco de belíssimas películas cinematográficas como o "Menino de pijama listrado". A cidade também foi palco do famoso filme do diretor Spielberg - "Lista de Schindler". 

Eu e Karina chegamos à Cracóvia depois de dois breves dias em Varsóvia, pois queríamos passar mais dias na tal cidade, que tantas pessoas nos tinham elogiado. A estação de trem onde saltamos localizava-se no centro da cidade, bem próximo da Old Town. Diferentemente de outras cidades, eu e Karina resolvemos ficar em um hostel, pois queríamos experimentar a tal farra ao "estilo carioca". Pegamos a valiosa dica da Karla (nossa amiga de blog) e fomos para o Hostel Greg and Tom Beer House. O hostel se localiza na rua principal da Old Town, logo após o portão de entrada dos muros, o que já te faz se sentir voltando no passado medieval da Europa. Sobre o hostel em si, eu só tenho elogios, foi certamente disparado o melhor hostel que eu já fiquei na vida!! Além do staff ser muito simpático, no hostel tem um pub que tem música ao vivo boa TODOS OS DIAS, então é muito fácil interagir com todos os hóspedes, fora os pub crawls diários por apenas 40 PLN (ah, os pubs crawls......). 
A diária do hostel é super honesta, 14 euros (em maio de 2014), algo em torno de 45-50 PLN. Nessa diária está incluso o jantar, sim o jantar, mas certamente não é um jantar nem um pouco parecido com o que os mochileiros estão acostumados, o jantar possui entrada, prato principal e uma bela sobremesa. É um banquete inacreditável!
Assim que chegamos, fomos recepcionadas com shots de graça (de vodka claro) e fomos para o bar do hostel tomar uma cerveja. O bar estava bastante movimentado, pois era quarta de Karaokê. Lógico que resolvemos dar uma palinha de boa música brasileira, principalmente depois que, pasmem, ouvimos um grupo de menina polonesas cantando "ai se eu te pego". Jesus!!

Entrada da Old Town.

Rua principal, onde fica o hostel.

Uma das sobremesas do nosso jantar 5*, já se imaginou mochilando e comendo um jantar desses? Acho que aqui fiz uma boa reserva de lipídios para perder no resto da viagem, rs.

No segundo dia acordamos cedo e fomos dar uma volta pela cidade, mas a chuva logo nos espantou e acabamos indo até o mercado na praça medieval Rynek Głowny. O mercado é uma construção bastante antiga, e esconde abaixo dele um museu subterrâneo sobre o qual comentarei mais a frente. Nesse mercado você encontra um pouco do artesanato polonês, principalmente joias feitas com pedraria. Os valores talvez não sejam dos mais baratos, pois o local é bastante turístico, mas também não chegam a ser caros. Logo após o o tour pelo mercado voltamos para o hostel, onde resolvemos fazer booking do passeio para Salt Mines na parte da tarde, o almoço no próprio hostel estava incluído no valor (100 PLN). Como o nome já diz, trata-se de uma mina de sal que foi estabelecida no século XIII. A mina hoje encontra-se desativada, funciona apenas como um enorme museu. O minério de sal sempre foi uma prática extremamente perigosa, porém nas ultimas décadas, o trabalho que antes era manual passou a ser operado por máquinas. Durante o passeio você viaja um pouco na história da mineração, através de diversas esculturas feitas todas em sal que contam detalhes de como eram realizadas essas minerações. O mais interessante do passeio, talvez seja a catedral, construída a aproximadamente 327 metros subterrâneos, com suas maravilhosas esculturas de sal. Só para constar, muitas pessoas se casam na catedral de sal,  dizem que é extremamente concorrido. Além da catedral eles também contam com um salão enorme para eventos. Só um aviso: prepare-se para descer mais de mil degraus, mas relaxe, pois a subida é em um elevador super divertido!!

 Mercado público.

Interior do mercado.

 Esculturas de sal que ilustram a história da mina.

Claro que a estátua dele não poderia faltar na Mina, Papa João Paulo II.

No dia seguinte a nossa ideia era fazer um trekking em umas montanhas próximas à Cracóvia, porém o cara da recepção do hostel nos desencorajou, disse que com o mau tempo dos próximos dias não valeria a pena e que estaria muito frio, com possibilidade de neve.  Apesar de não ter feito o trekking vou deixar a dica aqui, pois o lugar parece ser alucinante, e a trilha é super bem marcada, o que faz com que qualquer pessoa com o mínimo de experiência consiga fazer a caminhada sem ter que contratar guia ou ir com excursão.
Para chegar ao trekking você precisa apanhar um ônibus da Cracóvia até a bonita cidade de Zakopane, dizem que já da cidade é possível avistar a cadeia de montanhas, e que esse passeio por si já vale! De lá você segue as instruções locais e pega um novo ônibus para Tatra, essa montanha possui diversas trilhas, mas a que mais me encheu os olhos foi a que você avista o lago.

[Obrazek: z12816304V,Tatry--Pierwszy-snieg-nad-Mor...-Tatry.jpg] 
Por essas fotos e outras que eu fiquei na vontade, mas a Polônia pode ser meu destino novamente em um futuro próximo. Foto retirada do site: http://www.samotni-forum.cba.pl/

Como o trekking acabou não acontecendo, resolvemos não dormir cedo, fomos tomar uma cerveja no pub do hostel, e assistir ao show da noite. A animação do pessoal porém, não era das maiores, apesar de terem duas australianas doidas, elas não nos deram muita confiança, então, resolvemos dormir. O mais animado foi ver uma mesa composta por senhores irlandeses fazendo uma farra, o que me deu uma pista do que seria a minha futura vida na Irlanda.

No dia seguinte, resolvemos fazer o free walking tour da Old Town. Como já diz no nome, o passeio é de graça, e saia da igreja da praça do mercado, pertinho do nosso hostel. Apesar da chuva chata, valeu muito a pena. Já na saída ele fala que nessa Igreja ao invés de tocar o sino a cada hora do dia, sobe uma pessoa até a torre da igreja, abre a janelinha e começa a tocar um violino, fato que dependendo da sorte, pode ser observado logo no início do tour. Esse hábito existe desde do período medieval. Com certeza o mais interessante do passeio é a parte da história medieval da cidade, ali na praça você consegue observar que algumas edificações iniciam abaixo do nível da rua. O porquê disso é simples, antigamente não existia coleta de lixo então as cidades da Idade Média viviam lotadas de lixo espalhados pelas ruas. No entanto, toda vez que a cidade recebia algum tipo de evento ou visita de alguma pessoa ilustre, o Rei ordenava que o lixo fosse todo aterrado, logo uma camada de chão nova era construída na cidade. Moral da história, a Old Town possui diversas camadas de chão com lixo entre elas, o que é muito interessante. No passeio, você também observa que, no entorno da Old Town foi construído um parque que delimita o local exato onde existiam os muros da cidade medieval. O portão principal e a parte do muro que se manteve intacta também possuem uma história interessante, há um século atrás queriam derrubar esse portão, porém um senhor esperto e amante da história local teve uma brilhante ideia para impedir tal evento,  foi até o conselho responsável pela cidade e colocou que o muro protegia a rua principal e a praça dos fortes ventos, e se o mesmo fosse derrubado corria o risco das mulheres terem as suas saias levantadas todas as vezes que cruzassem aquelas ruas. Como a sociedade era extremamente conservadora naquela época, já deu para ver que a observação foi logo levada em extrema consideração. Durante o percurso, você também conhece a casa onde o papa João Paulo II morou antes de se transformar em Papa, e a Igreja que ele fazia as suas missas. O percurso se encerra no castelo de Wawel onde você escuta algumas lendas, como a antiga existência de um dragão nas grutas abaixo do castelo e o quão lindo o pátio central do castelo fica em dias ensolarados.

Igreja onde ocorre o evento do violino.


Free Walking Tour no portão principal da cidade.

Através dessa edificação na praça é possível observar as camadas do chão da Old Town.
 Casa onde o Papa João Paulo II morou.

Muros do castelo de Wawel.


Castelo de Wawel.

À noite, fomos para o bar do hostel novamente, porém com a ideia de participar do pub crawl. O show dessa noite foi excelente, um rockzinho de leve. A galera nesse dia era bem mais animada, conhecemos canadenses e australianos e um kiwi (pessoa que nasce na Nova Zelândia). Estávamos no meio de nativos da língua inglesa e eramos as únicas não nativas. Nesse momento tive certeza que meu inglês estava muito bom! O pessoal do outro hostel, da rede Greg and Tom, passou lá para nos buscar e começar a tomar shots, porém resolvemos assistir o show até o final e encontrar o pessoal do outro hostel já no caminho. Claro que nos perdemos e não conseguimos encontrá-los! A moral da história foi que a dona de uma boate viu nosso enorme grupo e ofereceu a entrada com shots de graça, pronto assim começamos nosso próprio pub crawl, que durou umas duas boate, até eu me perder, rs.

No quarto dia, depois de uma leve ressaca diurna, e um almoço regado de salada no pub do nosso hostel (entre 16 e 18 PLN), fomos para outro walking tour, dessa vez direcionado ao bairro judeu. O walking tour saí também da porta da Igreja da praça, e é realizado mesmo com chuva - e que chuva que estava! Ouvimos histórias sobre os guetos que eram criados, de onde os judeus eram terminantemente proibidos de sair, e que muitos deles morriam ali mesmo devido as condições miseráveis que eram impostas à eles. Apenas algumas casas do gueto ainda estão por lá, mas da para ter ideia de quão pequenas eram para a multidão que por lá morava. Os judeus dormiam praticamente empilhados. O mais chocante é que eles não tinham ideia sobre os campos de concentração, a maioria pegava o trem com a crença de que iria para um lugar melhor, sem saber que estava caminhando para a própria morte. Sobre Schindler, descobrimos que a sua fama é um tanto controversa, e que o filme colore muito a história, na realidade existiam alguns interesses por trás de toda as atitudes dele mas isso eu deixo para vocês descobrirem por lá, rs. No tour nós não chegamos a ir até a fábrica dele, porém o tour acaba bem próximo da fábrica e é possível ir até lá. Outra coisa que também é mencionada são as humilhações que os alemães faziam os judeus passarem, de todas as formas possíveis. Talvez a mais absurda tenha sido a desativação de todas as sinagogas, e a utilização da principal delas como dormitório do exército nazista, assim como para guardar o armamento do mesmo. Segundo os poloneses o melhor filme até hoje feito sobre o assunto é: "O Pianista". O filme retrata de forma fiel tudo o que os judeus passaram. O passeio termina perto de uns restaurantes poloneses, então resolvemos experimentar os famosos Pierogis, que lembra uns pastéis  cozidos. A Karina esqueceu o celular nesse bar, mas conseguiu resgatar tranquilamente no dia seguinte com o auxílio do pessoal do hostel. 


A chuva não deu um minuto de trégua sequer.

Bairro Judaico.

Sinagoga utilizada pelos Alemães para guardar o armamento.


 Monumento criado para homenagear os 65 mil poloneses assassinados durante a Segunda Guerra.

Cenário selecionado pelo Spielberg.


Os restaurantes locais souberam aproveitar a fama.

 Ponte que leva até o Gueto criado para colocar os Judeus separados do resto da população. Obs: incrível como todas as cidades da Europa possuem pontes com cadeado, rs

 Lembranças de tempos difíceis.

 Algumas das casas do gueto que ainda estão em pé, em cada um dos quartos viviam algo em torno de 10 judeus.

Essa talvez seja uma das cenas mais tocantes de todo o tour. As cadeiras vazias simbolizam os Judeus que iam até a praça com suas malas na crença de que iriam para um lugar melhor que os guetos, deixavam suas malas lá, pois teoricamente as mesmas seriam enviadas depois e apanhavam o trem, rumo a própria morte!!

Logo após essa maravilhosa aula de história fui encontrar uma menina polonesa que conheci no Couchsurfing, quando estava procurando casa em Dublin e, teoricamente, combinamos de dividir um quarto provisoriamente pelo primeiro mês. Eu, porém, me perdi no papo sobre as culturas e países, e as diversas semelhanças que o Brasil possui com a Polônia. Quando fui ver, havia perdido o jantar 0800 que, nos fins de semana, ocorre mais cedo. Era sexta, ou seja, mais um dia de pub crawl. Esse foi especial, pois fizemos nossos próprios shots em homenagem à bandeira da Polônia. Foi uma noite de meninas e, novamente, éramos as únicas não nativas da língua inglesa entre canadenses, australianas e americanas.

Vodka, tabasco e groselha - bandeira polonesa.


Karina mostrando suas habilidades.


 Pessoa ? no meio da noite!! rs.

 Meninas queridas que conhecemos lá.

No quinto dia, depois da ressaca matinal, resolvemos ir com o pessoal até o castelo de Wawel, novamente para ver a estátua do tal dragão, que em teoria cuspia fogo de tempo em tempo. Pelo castelo, você desce na gruta onde vivia o dragão, segundo a lenda, e encontra a tal estátua. Ficamos meia hora esperando o tal dragão cuspir fogo e nada. Foi a maior furada, mas valeu pela diversão. Após a decepção com o dragão, fomos até o mercado público que possui um museu medieval abaixo dele. Novamente nos decepcionamos, quando descobrimos que o ingresso precisa ser comprado no dia anterior e a hora da visita deve ser marcada, devido à alta popularidade do museu. Aproveitamos que já era final de tarde (17hs) e fomos assistir o relógio da universidade tocar (ô povo para gostar de relógio), porém não achei nada demais. Após o jantar, finalmente algo que nunca nos decepcionou... PUB CRAWL. Na noite de sábado, o hostel estava lotado. Resolvemos fazer aquela brincadeira de colocar o nome de algum famoso na testa, e tentar adivinhar quem você é. Como éramos de várias nacionalidades, foi engraçado, pois alguém famoso para eles não era, necessariamente famoso para mim. (Ok, eu era o Rafael Nadal, mas custei a adivinhar porque esqueci o nome dele! Isso significou vários shots para dentro!) Nessa noite, minha amiga polonesa se juntou a nós, formamos um grande grupo. Infelizmente, a diversão foi abreviada já na primeira boate, onde ela (amiga polonesa) foi furtada, coisa rara por lá. Fiquei me sentindo mal, pois eu que a convidei, e ela nunca havia sido roubada na vida, ou visto algo assim acontecer por lá. Infelizmente, nem seus documentos foram devolvidos. Acabei me perdendo de todos por conta do episódio, e deixando minha carteira com a Kristin (a americana), porém, ela foi esperta e deixou a carteira para mim na recepção do hostel, já que na manhã seguinte eu precisava fazer booking de mais duas noites no hostel.


O dragão que não cuspiu fogo.


Sendo ridícula... 


O ponto de encontro de todos os jovens poloneses na praça do mercado.


O relógio da universidade que toca todo dia 17hs da tarde, confesso que esperava mais do tão comentado espetáculo musical de bonecos de madeira...


 Kasia (polonesa), Kristin (americana), Gabriel (Hong Kong) e Steve (australiano).

Antes de sermos furtados estava tudo show!

 A brincadeira rendeu bons shots e boas risadas, o pessoal do Hostel era d+.

No penúltimo dia, me despedi da Karina logo cedo. Ela partiu para Roma e, desde então, não a vi mais. Dormi mais um pouco e resolvi dar uma volta com o brasileiro que estava hospedado por lá. Entramos na Igreja da praça e fomos caminhar para aproveitar, enfim, o SOL. Após o almoço, fomos ao museu subterrâneo da Rynek Glowny, que realmente vale a pena, principalmente para os que gostam de história medieval (Rynek Underground). Abaixo do mercado, existem diversas ruínas da cidade medieval que Cracóvia foi um dia, além deles terem replicado diversas práticas da sociedade na época. A entrada,se eu não me engano, era 16 PLN para estudantes, vale bastante!

Balança que era utilizada para medir o peso das pessoas. Ela é bastante precisa.


Antiga casa de um ferreiro.

À noite, nada mais nada menos do que outro pub crawl. Começamos a beber no bar e recebemos uma garrafa de vodka para participar, porém perdemos o bonde do outro hostel. Tentamos encontrar eles, mas acabamos recebendo convites de uma moça na rua para conhecer uma boate, lá ganhamos alguns shots de graça. Lá pelas tantas o organizador do pub crawl do hostel descobriu que estávamos lá, e chegou para os resgatar e conseguir mais shots de graça.

Johnny o kiwi, a finlandesa, Steve e Jack o britânico.

No último dia, a ideia era ir para Auschwitz, já que esperei a Karina partir para ir, pois ela não queria conhecer mais um campo de concentração,  porém perdi a hora e não consegui fazer booking para a excursão da manhã. Tentei fazer de tarde, mas não tinha mais vaga, aí resolvi curtir o pessoal do hostel. Fui até a rodoviária ver o esquema de ônibus para o aeroporto, pois o meu voo para Londres sairia às 6hs da manhã. Faltava fazer uma coisa que todos falam que é onde você tem o melhor visual da cidade, subir em um balão. O voo no balão é 38 PLN e fica do outro lado do Rio. Fomos até lá e tivemos que aguardar 2 horas para ver se o vento diminuía, pois o balão não sobe com muito vento. Aproveitamos que em frente havia um barco bar e sentamos por lá para tomar uma cerveja. Infelizmente, para nosso azar, o vento não diminuiu e o balão não funcionou naquele dia. A dica é antes de ir ao balão- ligar para ter informações sobre o clima ou fazer o booking pelo site. 

O que nos restou foi: PUB CRAWL. Nessa noite, o pub crawl teve clima de despedida, paguei só a metade pois não ficaria até o final. Conheci duas moças divertidíssimas do País de Gales que me convidaram para ficar na casa delas o dia que eu for para lá. A noite foi regada a gincanas, com o intuito, lógico, de beber vodka.

Sorvetinho delicia comprado na praça para comemorar o bom clima.


Carruagens sempre presentes nos centros históricos das cidades europeias.  


O balão e o bar barco em frente.


Cervejinha no bar barco com o Steve e o brazuca que está estudando direto na Inglaterra.

Shots e mais shots.


Kristin, Steve, Jack e as duas moças figuras do País de Gales.

Não podia deixar de comentar a história do querido kiwi. Ele tem a minha idade e era carpinteiro na Nova Zelândia, vendeu a casa, deixou tudooo para trás e resolveu se jogar no mundo. Hoje, já é um cara muito mais culto do que muita gente que eu conheço que tem doutorado. É tão humilde que ouvia nossas conversas sobre estudos e ficava super super sem graça de pensar que mal tinha estudos.


O bonde: brazuca, Johnny Bravo, Rafael (o outro brazuca), Kristin e um dos organizadores de pub crawl do hostel (eles eram um show à parte).

Acordei, ou melhor, mal dormi e resolvi pegar um táxi para não correr nenhum risco de perder o voo, aproveitando que o táxi era barato. A Cracóvia vai deixar saudade...

Próxima parada: morando na Irlanda...

6 comentários:

  1. Adorei o post!! Certamente a Polônia está nos nossos planos de viagem! Claro que com direito a Pub Crawl!! Não te disse que era irado?! Bjos

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  2. Gostei muito, mas quase fiquei bêbado com tanto pub crawl,rsrsrsr. Haja saúde.

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  3. Qual o site do passeio no balão? Por favor...

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  4. Qual o site do passeio no balão? Por favor...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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